Dois sepultamentos em menos de sete horas. Foi esse o drama vivido pelos familiares do comerciante Geraldo Júnior Gomes, 23 anos, assassinado em Pernambuco, no último domingo. Um erro provocado por funcionário do Instituto de Medicina Legal do estado fez com que outro corpo fosse liberado no lugar do de Geraldo. Sem saber da troca, a família do comerciante realizou o velório e o sepultamento e só descobriu que havia enterrado o cadáver errado horas depois.
A irmã de Geraldo, Patrícia Gomes, contou que a liberação do corpo aconteceu sem que houvesse o reconhecimento. "Eles mandaram à gente passar a roupa que iriam colocar no meu irmão por uma portinhola e depois liberaram o caixão fechado". Ainda segundo Patrícia, como o outro corpo tinha o mesmo tipo físico do irmão, com exceção da ausência da barba, e o caixão estava fechado ninguém notou a troca.
Horas depois, a família recebeu uma ligação da funerária solicitando alguns documentos para poder liberar o corpo. "Quando dissemos que já havíamos enterrado o meu irmão, um funcionário da funerária desconfiou que algo estava errado. Só então o IML percebeu o problema. Ficamos todos indignados. Quando chegamos novamente no IML meu irmão estava nu dentro do caixão e ia ser enterrado como indigente", reclamou Patrícia.
