A família do bancário Marcelo Paixão, 29 anos, a única vítima do acidente da Gol que não teve o corpo encontrado, deu adeus à esperança. Cinqüenta dias após a queda do avião, a Aeronáutica encerrou as buscas nesta quinta-feira (16) na Serra do Cachimbo sem localizá-lo. Em meio a fotos de Marcelo, o tio, Antônio Cláudio de Araújo, lamentou: "Eram 154 corpos, por que só ele não foi encontrado pelos soldados?"
Araújo chegou a estar no local do acidente, procurando, supervisionado pela equipe do Para-Sar, vestígios de roupas ou equipamentos que fossem de uso de Marcelo. Apenas uma sacola de uso do rapaz foi encontrada.
Das 154 vítimas do acidente com o Boeing da Gol, ocorrido no Sul do Pará, o bancário Marcelo Paixão Lopes, de 29 anos, que morava em Brasília, foi o único cujos restos mortais não foram identificados pelos peritos do Instituto Médico Legal do Distrito Federal.
O bancário viajava na companhia de Francisco das Chagas Moura Loiola, de 44 anos, e Eduardo Ribeiro de Souza, de 42 anos, todos funcionários do banco HSBC. O corpo de Loiola foi o primeiro a ser identificado.