A família de Suzane von Richthofen, de 22 anos, desistiu de poupá-la no processo criminal em que é acusada de duplo homicídio triplamente qualificado, pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia, em 2002.

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Logo após o crime o tio da jovem, Miguel Abdalla, contratou o advogado Alberto Toron para atuar como assistente da acusação em relação aos irmãos Daniel e Christian Cravinhos, que participaram do crime. Em respeito à memória da irmã, Abdalla preferiu não fazer nada contra a sobrinha.

"Mas, diante dos últimos acontecimentos, ele me passou uma procuração para atuar na acusação dela", disse Toron, referindo-se à briga pela herança entre Suzane e o irmão, Andreas, e à reportagem do "Fantástico", da Rede Globo, que mostrou a jovem e seus advogados tentando fazer uma encenação diante das câmeras. O documento foi assinado hoje.

Esses dois motivos levaram Suzane de volta à prisão, no início de abril, depois de quase um ano em liberdade. Ela pediu habeas-corpus ao Tribunal de Justiça (TJ), mas a liminar foi negada. O processo foi encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE) para que se manifeste. Se o parecer for enviado ao TJ até quinta-feira (4), o recurso pode entrar na pauta. A reportagem não encontrou os advogados de Suzane hoje.

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