A família do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira deve ser despejada da mansão do Morumbi, na zona Oeste da capital paulista. O presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Pessanha Martins, indeferiu pedido de liminar de reclamação movida pela mulher do ex-banqueiro, Márcia de Maria Costa Cid Ferreira.
A reclamação era contra a 6ª Vara Criminal da Seção Judiciária de São Paulo por ter descumprido medida cautelar deferida pelo então presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, em janeiro do ano passado, que dava efeito suspensivo a outra decisão que não garantia o direito de posse da casa à família. O imóvel era passível de seqüestro pelo Estado para compensar os rombos de R$ 2,3 bilhões causados pela quebra do Banco Santos.
Entre os argumentos do ministro do STJ para negar a manutenção da posse da mansão está o fato de que a situação de Márcia mudou desde a primeira decisão do tribunal. Ela foi denunciada e posteriormente condenada por crime de lavagem de dinheiro. O imóvel, segundo nota do Supremo, onde o ex-banqueiro guardava parte de sua coleção de obras de artes, deverá ser transformada em um museu, "caso seja confirmado o despejo da família".
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