Rio (AE) – Os advogados de Maria Eugênia Vieira Martins, ex-companheira de Cássia Eller, esperam a chegada de Nancy, mãe da cantora, até o fim da semana para decidir se entram com ação por danos morais e materiais contra a Clínica Santa Maria. Nancy vive em Minas Gerais. No último dia 29, o Ministério Público estadual denunciou por homicídio culposo dois médicos da clínica, onde Cássia estava internada ao sofrer enfarte agudo do miocárdio. A cantora morreu no dia 29 de dezembro de 2001. Os promotores sustentam que os médicos adotaram procedimentos equivocados ao tratar a cantora.

O advogado Marcos André Campuzano informou que Maria Eugênia quer ouvir a opinião da família de Cássia antes de entrar com a ação. Se Maria Eugênia e Nancy se decidirem pelo processo, os advogados vão pedir que o filho de Cássia, Francisco, seja indenizado com base no faturamento da cantora no ano anterior ao de sua morte. “Para efeito judicial, as pessoas tem sobrevida de 65 anos. Cássia tinha 39 quando morreu. Em tese são 26 anos de rendimentos para serem ressarcidos”, afirmou Campuzano. Estima-se que Cássia tenha faturado cerca R$ 1 milhão em shows e vendas de disco no ano de sua morte (2001). “A indenização por danos morais cabe ao juiz arbitrar”, disse Campuzano.

Processo – O advogado Paulo Freitas Ribeiro, que defende os médicos da Clínica Santa Maria, pediu vistas do processo na última sexta-feira e deve entregar amanhã (10) sua defesa à juíza da 29.ª Vara Criminal, Maria Tereza Donatti. Só então, a juíza tomará conhecimento da denúncia do MP e da posição da clínica. Ela deve se pronunciar se aceita ou não a denúncia dos promotores até o fim da semana.

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