A família do capixaba Acioli Pariz Júnior, de 29 anos, assassinado em um hotel em Londres na quarta-feira da semana passada, fez nesta terça-feira (20) um apelo para que o traslado do corpo seja feito "o mais rápido possível" para o Brasil, a fim de que ele seja enterrado na cidade de Jaguaré, no Espírito Santo, onde nasceu.
"Tudo o que quero é o corpo, para que ele possa ter um sepultamento digno", disse a mãe de Júnior, Denise Altoé, de 50 anos. "Os ingleses admitem liberar o corpo do meu filho se acharem os autores do crime ou então só daqui a três semanas, no mínimo. Temos que seguir as leis de lá, mas vejo isso com muita indignação.
Denise está angustiada. "Não tenho novidade. O sofrimento é muito grande." A tia do capixaba, Luiza Altoé, de 38 anos, reforça a afirmação da irmã. "A gente não tem nenhuma notícia sobre as investigações do crime. Estamos também encontrando dificuldades de enterrá-lo em Jaguaré. Somos de uma família com poucas posses, mas quero trazer o corpo de qualquer maneira", desabafou, chorando.
Júnior vivia de forma ilegal em Londres desde 2005, dividindo um quarto com quatro brasileiros. Foi com a intenção de "ver coisas diferentes", trabalhar e estudar inglês, contou a tia. Estava trabalhando como caseiro e já tinha sido funcionário de um parque. Recentemente, teve uma grande alegria: seu visto permanente estava para sair. A tia afirmou que Júnior amava o lugar. "Dizia que era muito bonito e que não tinha violência. E aconteceu logo com ele. Acabamos numa situação dessas.