O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), suspendeu hoje a reunião em que seria votado o relatório sobre o suposto envolvimento do líder licenciado do PMDB, Ney Suassuna, no esquema da máfia das ambulâncias. João Alberto se declarou surpreso pela falta de quórum. Mas ele mesmo participou na noite de ontem do acordo realizado no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com os líderes partidários, para adiar a votação, em princípio para o dia 22. O que se pretende é empurrar o processo contra Suassuna até o final da legislatura.
No relatório, o senador Jefferson Péres (PDT) pede a cassação do mandato do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) por quebra de decoro parlamentar relacionada à atuação da máfia das ambulâncias superfaturadas.
Por não ter sido eleito nas últimas eleições, Suassuna não poderá mais ser julgado. Com isso Renan, que é candidato à reeleição para a presidência do Senado, não terá que arcar com as críticas da opinião pública, de que o processo teria terminado em pizza.
O relator do processo, senador Jefferson Peres (PDT-AM), pede a cassação do mandato de Suassuna por falta de decoro parlamentar. Peres disse que só hoje pela manhã soube do acordo firmado ontem à noite.
Na reunião de hoje da comissão seriam votados dois outros relatórios. Um do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) que defende que Suassuna seja apenas punido com uma advertência verbal e outro do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) que quer que Suassuna seja totalmente isento de culpa.