O escritor e sociólogo argentino Juan Carlos Portantiero faleceu por causa de uma insuficiência renal, informaram seus familiares neste domingo (11). Ele tinha 73 anos.
Os restos mortais deste reconhecido intelectual de extensa atuação nos âmbitos da cultura, da política e do jornalismo na Argentina foram cremados neste domingo
Portantiero morreu no sábado, disseram familiares. Militou desde jovem no Partido Comunista, mas terminou expulso por causa de divergências intelectuais em 1963.
Ele foi um dos introdutores no país da obra do pensador marxista italiano Antonio Gramsci, a quem dedicou um de seus livros. Exilou-se no México durante a última ditadura militar argentina (1976-1983). No exílio, deu seqüência seu trabalho intelectual. De volta à argentina, tornou-se conselheiro do ex-presidente Raúl Alfonsín.
Apesar de não ter mantido nenhuma filiação partidária depois da expulsão do Partido Comunista, ele foi um dos fundadores do Clube de Cultura Socialista, que agrupa distintas correntes da esquerda democrática argentina.
"La Ciudad Futura", revista editada pelo clube, foi dirigida por Portantiero. Ele também foi reitor da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires.