A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou o programa de mestrado interinstitucional para as doze faculdades estaduais públicas. O programa será executado em 2006, abrangendo diferentes áreas do conhecimento, e terá recursos da Fundação Araucária (R$ 600 mil) e da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes), do Ministério da Educação, (R$ 1,2 milhão).
Segundo o secretário Aldair Rizzi, os cursos de mestrado, sete no total, terão em média 25 alunos cada um. ?A idéia é estimular a produção de dissertações sobre questões regionais?, afirmou o secretário, durante a primeira reunião do ano com os diretores das faculdades estaduais, realizada nesta segunda-feira (23). Os projetos dos cursos deverão ser encaminhados para análise do órgão nas próximas semanas.
Serão parcerias desse programa a Universidade Federal do Paraná, a Universidade Federal da Bahia, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre outras instituições. Elas funcionarão como proponentes, ou seja, cederão professores para as faculdades estaduais.
Desenvolvimento
Para o vice-diretor da Faculdade Estadual de Campo Mourão (Fecilcam), Eder Rogério Stela, além de valorizar as faculdades estaduais públicas, os cursos de mestrado interinstitucionais deverão influir positivamente nas regiões de abrangência das faculdades. ?Um mestrado em desenvolvimento regional, por exemplo, será muito bem vindo a nossa região, contribuindo para elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)?, afirmou.
De acordo com o coordenador de pós-graduação da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), Zeferino Perin, as áreas contempladas deverão ser as de Música, com concentração em Educação Musical e Execução Musical, e de Artes Visuais. Neste caso, as universidades proponentes são a federal da Bahia (FBA), para a primeira, e a Unicamp para a segunda área.
Já a diretora da Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Maria Emília Possani, informa que a instituição apresentará um projeto de mestrado na área de Artes Cênicas. ?O objetivo é qualificar cerca de quinze professores em dois anos?, comentou.
Na sua opinião, uma das vantagens do mestrado interinstitucional é o fato de os estudantes não precisarem se deslocar a outros Estados. ?Um professor que trabalha durante 40 horas numa instituição não tem condições de freqüentar um mestrado fora, durante dois anos?, compara. ?Esse modelo facilita a sua vida. Além disso, repercute diretamente sobre a vida do aluno uma vez que o professor estará bem mais preparado, com chances de atuar melhor com a pesquisa?.
