"Pode haver um problema de distribuição, dado o interesse dos pecuaristas em vacinar o gado logo no começo da campanha agora em novembro, mas não haverá problema de produção de vacina", disse hoje (2) Jorge Caetano, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura.
O surto de febre aftosa no Sul de Mato Grosso do Sul, de acordo com ele, deve provocar uma corrida aos revendedores. A programação de produção de vacinas dada pelo ministério será cumprida, mas a expectativa é sempre de que a procura pelas doses seja distribuída ao longo de novembro.
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) informou que a produção anual de vacinas contra aftosa deverá superar 370 milhões de doses para todo o ano. Na campanha atual, a demanda apresentada aos laboratórios pelo governo determina oferta de 136,2 milhões de doses. A antecipação da campanha, que ocorreu em alguns Estados, resultou numa venda, em outubro, de 75 milhões de doses. Além disso, um volume de 55 milhões de doses já foi liberado pela fiscalização do governo e outros lotes entre 35 milhões e 40 milhões devem ser liberados ao longo do mês. "Não há a menor possibilidade de falta de vacinas", diz Emílio Balani, presidente do Sindan.