Os fabricantes de bens de capital estão confiantes em bons resultados de exportação de 2005. O setor, que fabrica desde máquinas de produção para a agricultura e indústria até caminhões e ônibus, faturou quase 50% das exportações da indústria em 2004. Suas expectativas e intenções de investir em exportação eram 72% para 2003, subiram para 97% para 2004 e aparecem para 91% das empresas consultadas na pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), divulgada em dezembro.

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Os fabricantes de caminhões e ônibus, que exportaram o dobro neste ano, destacam-se com 100% de expectativa de exportar mais no próximo ano, mesma porcentagem de esperança indicada pelos fabricantes de carrocerias para veículos automotores. Destacam-se também os fabricantes de equipamentos para agricultura e indústrias rurais (96%) e de máquinas operatrizes e aparelhos industriais (93%). No setor de materiais de construção, que exporta apenas 13% do total de vendas, a expectativa de crescimento de exportações é de 76%.

As previsões de aumento de vendas externas vem pareadaz com grande intenção de aumento das importações. Segundo o economista Aloísio Campello, do Ibre/FGV, pode-se deduzir que tratam-se de insumos (matérias-primas) e componentes. É o caso justamente dos fabricantes de ônibus e caminhões, setor no qual as intenções de importação subiram de 48% em outubro de 2003 para 94% agora. A expectativa geral das indústrias de importar subiu de 31% para 43%.

Entre os destaques, os produtores de tecidos de algodão mudaram de uma expectativa de importação de 4% em 2003 para 85% este ano, além dos fabricantes de aduvos e fertilizantes (de 17% para 86%), produtos farmacêuticos (de 24% para 79%)e de embalagens plásticas (de 20% para 66%).

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A pesquisa do Ibre/FGV foi realizada em outubro e ouviu 1.003 indústrias, responsáveis por R$ 360 bilhões em vendas e que mantêm quase 1 milhão de trabalhadores contratados em 24 estados do país.