O Comando da Aeronáutica está preparando um relatório preliminar com informações já levantadas pela comissão de investigação do acidente entre o Boeing e o Legacy que não sejam passíveis de interpretações ou que possam ser tratadas como especulações em torno das causas da tragédia que matou 154 pessoas, no dia 29 de setembro, na altura da Serra do Cachimbo. O objetivo é divulgar alguns dados do acidente que já estão claros e que não podem ser contestados. A divulgação deste relatório só deverá acontecer após as eleições, nas primeiras semanas de novembro.
A Aeronáutica ainda não realizou a perícia do transponder pedida pelo delegado da Polícia Federal, Renato Sayão. Este teste no equipamento poderá ser feito no Brasil, mas não está descartada a possibilidade de ele ser realizado em algum laboratório estrangeiro, de acordo com informações obtidas na FAB, que esclarece ainda que também não há um prazo para este trabalho ser realizado.
A comissão de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos comandada pelo coronel Rufino Antonio Ferreira, que está trabalhando no Rio de Janeiro e que iniciou seus trabalhos no mesmo dia do acidente, já tem assegurado, por exemplo, que não havia problemas de comunicação na área do acidente. Esta é uma das comprovações que deverá constar do relatório preliminar.
Logo depois do acidente, como é rotina, o Cenipa – Centro de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos determinou que um avião laboratório HS da Força Aérea Brasileira fizesse sobrevôo na área para checar se as comunicações entre os centros de controle de Manaus e Brasília e entre aeronaves que circulavam na região estavam funcionando. "Estava tudo ok. Os testes comprovaram que tudo estava em pleno funcionamento", afirmou uma fonte da Aeronáutica.