Ainda é cedo para avaliar qual será a extensão dos danos à imagem do presidente Lula em face da exoneração forçada do ministro Antônio Palocci, supremo comandante da política econômica e figura louvada nos meios financeiros internacionais.

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Uma constatação, porém, é obrigatória. O excelente desempenho de Lula nas últimas enquetes de averiguação das intenções eleitorais deverá sofrer algum abalo. Mesmo com a pronta reação ao que considerou uma insustentável quebra de confiança, demitindo o companheiro que reiteradas vezes faltou com a verdade, é impossível imaginar que o evento não tenha algum peso na consciência do eleitor.

Lula defendeu o ministro considerado insubstituível em todas as circunstâncias, até sucumbir ao depoimento de Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, a quem os fados reservaram a pá de cal sobre o agonizante Palocci.

Atingido por alguns estilhaços da crise política do PT e do governo, Lula sofreu impactos negativos ao longo de 2005, dos quais recuperou-se com altivez nas últimas pesquisas do Ibope e DataFolha.

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Nas investigações que estão programadas para futuro breve poder-se-á constatar a virulência do estrago causado no governo pela República de Ribeirão Preto, capitaneada pelo médico-sanitarista imantado, na juventude, pelos ideais revolucionários de Leon Trotski até render-se à luz mesmerizante da ortodoxia econômica ditada pelo pensamento único.

Perfeito em cumprir as tarefas de zelador da segurança econômica do País, Palocci não teve força íntima para livrar-se das más influências da entourage municipal e quebrou a cara.

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