Exportações para a Liga Árabe cresceram 29% em 2005

São Paulo – As exportações brasileiras para os países da Liga Árabe (22 nações) cresceram 29% no ano passado ante 2004, para US$ 5,2 bilhões. Os números superaram as estimativas iniciais de incremento de 13% nas vendas externas para a região. Para este ano, a projeção de alta nas exportações para os árabes é de 20%, inferior ao registrado em 2005, mas superior ao aumento projetado pelo governo para toda balança comercial em 2006, de 12%. "O desempenho só não será melhor por conta de alguns percalços, como o câmbio", disse o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Antonio Sarkis Jr.

No ano passado, as importações brasileiras de produtos dos países árabes subiram 28%, para US$ 5,3 bilhões, segundo dados divulgados hoje (11) pela Câmara, deixando o Brasil deficitário em US$ 100 milhões, inferior aos US$ 113 milhões de 2004. Só em óleos brutos de petróleo, foram importados US$ 4,2 bilhões.

Da pauta exportadora brasileira para a Liga Árabe, 66% são produtos do agronegócio (açúcar, frango, carne bovina congelada, óleo de soja, café e soja, por exemplo). O Brasil vendeu aos árabes 34% de todo o açúcar e 23% de toda a carne bovina comercializados com o exterior. A pauta agrícola está praticamente consolidada e que pode crescer ainda mais em volume por conta dos casos de gripe aviária localizados na Ásia, na Europa, no Chile e na Colômbia. Chassis com motor, tratores e veículos para transportes de passageiros também foram destaques da pauta de produtos manufaturados.

Para este ano, um dos destaques das ações internacionais de promoção é o setor de material de construção. O Brasil reservou uma área de 300 m2 para a Big 5, principal feira do setor que ocorre anualmente em Dubai, espaço três vezes superior ao ocupado em 2005. A feira acontece em outubro e promove produtos como louças sanitárias, metais, cerâmicas, portas e outros materiais e faz parte da estratégia da Câmara e da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) de trabalhar para incrementar a venda aos árabes de produtos e serviços ligados a construção civil, desde serviços de projetos de engenharia até granito.

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