O governo do Paraná quer aumentar as exportações para a França e para toda a União Européia. Em 2006, os produtos vendidos àquele país chegaram ao valor de US$ 338 milhões. Em palestra realizada no Cietep nesta quarta-feira (14), o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, apresentou à comitiva francesa de Rhône-Alpes, que visita o Estado, as políticas públicas que estimulam empreendimentos internacionais.
Ele também detalhou o perfil econômico e as políticas fiscais do Estado. ?Os franceses conheceram ações públicas como a isenção ou redução do ICMS que estimulam a expansão e consolidação de micro e pequenas empresas, além da concessão de microcrédito?, explicou Moreira Filho. ?Outra medida estadual é a equiparação das alíquotas internas e interestaduais do ICMS (12%), para estimular as transações entre empresas paranaenses, iniciativa que consolida a preferência por fornecedores locais.?
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo Costa da Rocha Loures, a vinda da missão francesa ao Paraná ? uma parceria do Governo Estadual e Fiep ? é considerada uma das melhores notícias para a comunidade industrial brasileira. ?Um dos propósitos da indústria atual é o desenvolvimento sustentável. A inserção da indústria paranaense em contato com inovações tecnológicas permite uma cooperação estratégica sem precedentes?, declarou. Ao lado de representantes do governo estadual e de empresas, representantes franceses também apresentaram as potencialidades econômicas de Rhône-Alpes.
Com um PIB de 145 bilhões de euros, Rhône-Alpes contabiliza mais de 30 mil empresas criadas ao ano. Atualmente 14 mil empresas da região são exportadoras gerando volume de vendas de 39 bilhões de euros em 2006. Segundo Jean Marie Busseuil, do escritório regional do Comércio e Indústria, a região ronalpina recebe atualmente 72% dos investimentos internacionais da França. ?Apenas uma empresa brasileira tem filial em Rhône-Alpes, enquanto 34 empresas de nossa região atuam no Brasil?, conta Busseuil.
