As exportações do Paraná nos primeiros nove meses do ano chegaram a US$ 7,39 bilhões. O resultado foi 36% superior ao verificado no mesmo período do ano passado, quando as vendas externas chegaram a US$ 5,42 bilhões. O desempenho também já supera o de todo o ano de 2003, quando as exportações do Estado ficaram em US$ 7,15 bilhões.
Os números – divulgados nesta sexta-feira (15) pela Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul (Seim) e pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) – apontam que o saldo da balança comercial do Estado, de janeiro a setembro, ficou em US$ 4,45 bilhões, ou 53% a mais do que no mesmo período de 2003.
No ano passado, o superávit dos primeiros nove meses ficou em US$ 2,89 bilhões. Para o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, as vendas para novos mercados e o trabalho de incentivo à exportação, com missões comerciais e rodadas de negócios, vêm estimulando o bom desempenho das exportações paranaenses. “O que também chama a atenção foi a inclusão de 623 itens na pauta paranaenses das exportações”, analisa.
Além do crescimento nas exportações de produtos tradicionais como complexo soja (grão, farelo e óleo), milho e carnes, houve nos primeiros nove meses do ano a inclusão de novos produtos como com trigo (US$ 36,5 milhões), tratores (US$ 19 milhões), laminados de ferro (US$ 14 milhões) e equipamentos de telefonia (US$ 7 milhões).
Mercados
Os dados da balança comercial revelam também que houve a consolidação da China como principal parceiro comercial do Paraná. Até setembro de 2003, os chineses compravam US$ 629,5 milhões em produtos paranaenses. No mesmo período de 2004, as exportações do Estado ficaram em US$ 1,02 bilhão, registrando um crescimento de 61,63%.
Apesar da liderança da China, os Estados Unidos continuam como forte parceiro comercial do Estado, mas agora em segundo lugar. Neste ano, o Paraná vendeu US$ 947,8 milhões aos norte-americanos, contra US$ 762,9 milhões em 2003.
O maior crescimento entre os principais parceiros comerciais do Paraná foi verificado com a Argentina. As exportações para o país vizinho ampliaram-se em 97%, subindo de US$ 233 milhões, nos primeiros nove meses de 2003, para US$ 440 milhões, em 2004.
Mercosul
A alta nas vendas para a Argentina influenciou as exportações para o Mercosul. Incluindo o Chile e Bolívia, as vendas para o bloco cresceram 71%, saindo de US$ 420 milhões para US$ 723 milhões. Para o Uruguai, as vendas dobraram, saindo US$ 20 milhões para US$ 40 milhões. O mesmo aconteceu com a Bolívia, de US$ 11 milhões para US$ 22 milhões.
Também houve altas significativas nas vendas para a França (75%) e Irã (76%). Os franceses compraram US$ 177 milhões a mais de produtos paranaenses, como o complexo soja e autopeças, saindo de US$ 185 milhões para US$ 325 milhões. Para o Irã, as exportações subiram de US$ 233 milhões para US$ 410 milhões, com maior volume de vendas do complexo de soja, carnes e autopeças.
Os exportadores paranaenses conquistaram outros mercados, como Islândia, Burkina Faso e Uzbequistão. Mas também houve ampliação das vendas para outros países. Os poloneses compraram em 2003 US$ 956 mil e, até setembro de 2004, ampliaram para US$ 30,6 milhões. Para Cuba, foram vendidos US$ 15,6 milhões, contra US$ 2 milhões no ano passado.
As vendas paranaenses para os países europeus também mantiveram alta, crescendo 45%. A União Européia adquiriu US$ 688 milhões a mais, alcançando até setembro a marca de US$ 2,135 bilhões.