As exportações do Paraná para os quatro países do Mercosul chegaram a US$ 799 milhões nos primeiros 10 meses de 2004, o que representou um aumento de 65% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas totalizaram US$ 484 milhões. Os números apontam também que as importações paranaenses dos países do bloco econômico ficaram em US$ 445 milhões, resultado 19% menor. Com isso, a balança comercial fechou favoravelmente ao Estado em US$ 353 milhões.
Segundo dados divulgados ontem pela Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul (Seim), o destaque ficou com a Argentina, para onde as vendas do Estado no período chegaram a US$ 496 milhões, o que representou um crescimento de 93% em comparação com os 10 primeiros meses de 2003. Já a importações ficaram em US$ 254 milhões, o que resultou num saldo em favor do Paraná de US$ 255 milhões.
Na avaliação do governo do Estado, parte desse crescimento – revelado por estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) – se deve à prioridade estabelecida pelo governador Roberto Requião ao fomento do intercâmbio comercial do Paraná com os países vizinhos. O Paraná, lembra Requião, é o único estado que tem uma política pública de integração com o Mercosul. "É por isso, também, que somos um dos estados que mais exportam no País", destaca.
Missões
Em 22 meses de administração, o governo do Paraná já realizou viagens de negócios com empresários na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. Também promoveu missões na Espanha, França, Bélgica, Canadá e Estados Unidos. "No primeiro semestre de 2005, em parceria com a Fiep, faremos novas missões à Alemanha, Panamá, China, Uruguai, França e Portugal", anuncia o coordenador para Assuntos do Mercosul, Santiago Gallo.
Depois da parceria com a Argentina, o melhor resultado das relações comercias, do Paraná com os países do Mercosul foi verificado com o Chile, para onde as exportações cresceram 44%. As vendas paranaenses àquele país nos 10 primeiros meses do ano chegaram a US$ 122 milhões. Já a importações ficaram em US$ 83 milhões, aumento de 42%, o que resultou num saldo comercial favorável ao Paraná de US$ 39 milhões.
Já as exportações para o Uruguai cresceram 90%, segundo melhor resultado do Paraná dentro do Mercosul. Mas em valores, a parceria ficou em quarto lugar, com vendas externas que chegaram a US$ 45 milhões. As importações pelo Paraná dos uruguaios fechou o período em US$ 12 milhões (-9%), o que resultou um saldo comercial favoravelmente ao Estado de US$ 33 milhões.
Para o Chile, as exportações paranaenses cresceram 45%, de US$ 84 milhões para US$ 123 milhões. Já as importações subiram 42%, de US$ 58 milhões para 83 milhões. Finalmente, para o Paraguai, as vendas externas do Estado de janeiro a outubro aumentaram 13%, de US$ 118 milhões para US$ 134 milhões. As importações junto aos paraguaios caíram 56%, de US$ 222 milhões para US$ 95 milhões.
Dólar em queda reduz exportações
O superávit da balança comercial – saldo positivo entre as exportações e importações – foi de US$ 209 milhões na terceira semana de novembro (entre os dias 15 e 21). O desempenho, bastante inferior à média registrada nas últimas semanas, é resultado da diferença entre exportações de US$ 1,669 bilhão e importações de US$ 1,460 bilhão. A queda, explicam os técnicos, deve-se ao menor número de dias úteis na semana passada – foram somente quatro, devido ao feriado em 15 de novembro. Além disso, a combinação do dólar em queda, economia aquecida e final de ano – quando a procura por produtos importados aumenta – contribui para o aumento das importações, o que gera um superávit menor.
Na primeira semana do mês, a balança ficou superavitária em US$ 683 milhões e na segunda semana, em US$ 546 milhões, o que no acumulado de novembro resulta em um saldo positivo de US$ 1,438 bilhão. No ano, o superávit chega a R$ 29,559 bilhões, valor 36,38% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 21,674 bilhões).
Esse resultado é a diferença entre as exportações de US$ 84,583 bilhões e as importações de US$ 55,024 bilhões. Neste ano, as vendas para o exterior apresentam crescimento de 30,5%. Já as compras de outros países cresceram em um ritmo um pouco menor, de 27,5%. No ano passado inteiro, o superávit foi de US$ 24,831 bilhões.