Em novembro, as exportações do agronegócio renderam US$ 2,983 bilhões ao País, crescimento de 26% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os gastos com importações cresceram 8,8% para US$ 434 milhões, mostram dados divulgados hoje pelo Ministério da Agricultura.
No mês, o saldo da balança comercial do setor é de US$ 2 549 bilhões, valor que supera em US$ 583 milhões o resultado de novembro de 2003. As exportações de carnes cresceram 23% no mês e renderam US$ 482,9 milhões, contribuindo para o crescimento das vendas totais do agronegócio em novembro. A proibição de venda de carne para a Rússia, um dos principais compradores do produto brasileiro, não prejudicou as exportações totais do País.
O embargo vigora desde 21 de setembro, poucos dias depois do governo brasileiro confirmar um foco de febre aftosa no município de Careiro da Várzea, no Amazonas. Acordo fechado entre os dois países permitiu a entrega dos lotes vendidos antes do embargo. Em novembro, Moscou autorizou a compra de carne fornecida por Santa Catarina, único país reconhecido pelo Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação.
De acordo com análise do Ministério da Agricultura, o faturamento com as exportações de carne bovina "in natura" (fresca) cresceu 45,7% em novembro e os embarques de produto industrializado, 28,5% . No caso da carne bovina "in natura", o volume embarcado cresceu 59%, mas os preços internacionais recuaram 8,3%. Para o produto industrializado, o volume cresceu 23,7% e os preços recuaram 3,9%.
As exportações de frango "in natura" cresceram 10,3% em termos de receita cambial no mês de novembro, de US$ 177 milhões para US$ 196 milhões. Os preços médios subiram 5,8% e a quantidade exportada cresceu 4,2%. O faturamento com a venda de carne suína cresceu 25% no mês, resultado do aumento dos preços médios (35,4%). A quantidade exportada caiu 7,6%.
Também contribuíram para o crescimento das exportações agrícolas em novembro o crescimento de 75,8% nas vendas externas de açúcar e álcool; de 30,1% de madeira; de 148,7% nos embarques de fumo e tabaco; de 46% do grupo que inclui café, chá, mate e especiarias.
