As exportações brasileiras de aço geraram receita de US$ 3,9 bilhões no ano passado, o que representa 5,3% das exportações totais do país, que fecharam o ano passado em US$ 73 bilhões. A informação foi dada hoje pelo presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, José Armando de Figueiredo Campos.

A diferença entre exportações e importações foi de US$ 3,4 bilhões. Esse número, dividido pelo saldo da balança comercial brasileira, que foi de US$ 24,8 bilhões, revela uma participação da siderurgia brasileira de 13,7% no saldo das exportações do Brasil, disse Campos. Excluídas as importações de carvão do setor siderúrgico, a participação cai para 12%.

O balanço das importações do setor apresenta recuo de 18,2% em 2003, em relação ao período anterior, com total de 550 mil toneladas. Esse desempenho reflete o desaquecimento da economia doméstica durante o ano de 2003 e a elevação do dólar, principalmente no primeiro semestre.

A Ásia foi o principal destino das exportações brasileiras siderúrgicas no ano passado, concentrando 42% dos 13 milhões de toneladas de aço vendidos no exterior. Em seguida, a América Latina foi responsável por 21,3% dos embarques, e o Nafta (Estados Unidos e Canadá), com 19%.

Campos chamou a atenção para o fato de a China ter sido, dentro da Ásia, o maior consumidor das exportações brasileiras de aço, com um total de 18,9%, representando também o maior destino individual, como país, do produto brasileiro. ?De 2002 para 2003, a China avançou de uma participação de 4% nas exportações brasileiras de aço para quase 19%?, destacou.

Segundo Campos, a China tem sido a salvação da siderurgia mundial ?pelo menos por enquanto?, com crescimento seguido em 20 anos. Hoje, o país concentra quase 25% do consumo mundial de aço e praticamente a mesma proporção da produção siderúrgica mundial. O mercado chinês, com crescimento de 21,2% em sua produção siderúrgica, concentrou 65% do crescimento mundial de aço em 2003, que atingiu 6,7%.

Excluído o desempenho da China, o aumento da produção mundial é de apenas 2,9%, informou Campos. Ele esclareceu que o excesso de demanda da China por insumos e produtos explica a pressão generalizada nos custos observada atualmente no mundo, respondendo “por essa nervosia geral em termos de preços?.

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