Estudo elaborado pelo consultor e presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool do Ministério da Fazenda, Luiz Carlos Corra Carvalho, aponta que o preço do álcool combustível subiu 46% no mercado interno (nas usinas) e 56% para exportações (no porto) desde o início da safra 2004/2005, na cotação em dólares por metro cúbico. De 1.º de maio até 1.º outubro, o preço do álcool, sem impostos, saltou de US$ 155 para US$ 226 por metro cúbico no mercado interno e de US$ 180 para US$ 280 por metro cúbico nas exportações. “Ou seja, fica claro que as exportações, que estão sendo recordes em virtude da pressão do petróleo, foram fundamentais para puxarem o preço do álcool no mercado interno”, avaliou Carvalho.
O Ministério da Agricultura estima que as exportações de álcool cheguem perto dos 2 bilhões de litros nesta safra, o dobro da safra 2003/2004. No estudo, Carvalho apurou ainda que os preços do açúcar transformados no equivalentes em álcool – para se ter uma base de comparação – apresentaram um aumento bem menor no mesmo período.
Para as exportações, o açúcar, cotado em US$ 180 o metro cúbico-equivalente em 1.º de maio, saltou para US$ 218 o metro cúbico-equivalente no início de outubro – aumento de 21%. Já o preço do açúcar no mercado interno subiu 27% no período, saltando de US$ 183 o metro cúbico-equivalente em álcool para US$ 232 o metro cúbico-equivalente entre maio e outubro.
“Isso mostra, na minha avaliação, que o álcool poderia ter subido mais neste período e isso só não ocorreu graças ao açúcar”, afirmou Carvalho.
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