O Porto de Paranaguá movimentou 6,6 milhões de toneladas de carga geral desde janeiro até começo desta semana. O produto mais exportado no período foi a soja, que alcançou 1,2 milhão de toneladas. Segundo dados da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) divulgados nesta quarta-feira (5), o resultado é 59% maior que o do mesmo período do ano passado, quando as exportações do produto chegaram a 780 mil toneladas.
?São números que demonstram que, mesmo sem exportar transgênicos, o escoamento de soja pelo Porto de Paranaguá continua aumentando?, avalia o superintendente Eduardo Requião. ?O crescimento também é resultado de providências que ampliaram a infra-estrutura, ajustaram a programação de chegada de navios e caminhões e ainda da operação safra, que está evitando transtornos aos caminhoneiros?.
Nesta terça-feira, 11 embarcações estão atracadas nos portos do Paraná. Entre elas, três estão sendo carregadas no Corredor de Exportação com granéis sólidos. São os navios Anangel Express, de bandeira grega, que está recebendo 52 mil toneladas de soja em grão, com destino à Índia, o Ikan Bayan, de bandeira panamenha, que está levando 61 mil toneladas de soja em grão também para a Índia, e o Anangel Argonaut, de bandeira grega, que levará para a Coréia 35 mil toneladas de farelo brasileiro.
De acordo com o Setor de Estatística da Appa, oito navios estão ao largo, aguardando para atracar. Deste total, cinco são para embarque de soja no Corredor de Exportação. São eles: o Kang Sheng, que embarcará 51,4 mil toneladas; o Bellflower, que receberá 60 mil toneladas, o Star Phoenix, que embarcará 50 mil toneladas e o Liberty Sea, que carregará 53 mil toneladas de farelo/soja.
O embarque da safra de soja em grãos está apenas começando pois, em média, o Porto de Paranaguá movimenta mais de 5 milhões de toneladas por ano, enquanto os farelos chegam a quase 6 milhões e o óleo, a base de soja, supera um milhão e meio de toneladas.
O auge nos embarques depende da colheita e do comportamento dos preços no mercado internacional. Quando os preços caem, devido ao aumento na produção, principalmente nos Estados Unidos ? maior produtor mundial ?, o escoamento é lento. O mesmo não acontece quando os estoques mundiais estão baixos. Os preços sobem e o escoamento aumenta.