As exportações deram o principal impulso para o crescimento significativo no abate de animais no Brasil em 2005, segundo o coordenador de agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Flávio Bolliger. Dados divulgados hoje (30) mostram um aumento de 8,03% no abate de bovinos; 9,06% no abate de frangos e 8,43% no abate de suínos no ano passado ante 2004.
A febre aftosa prejudicou a pecuária no quarto trimestre, mas a gripe aviária não teve conseqüências sobre o desempenho do setor aviário no ano passado. No entanto, Bolliger alerta que a sanidade é a principal preocupação dos produtores em 2006. Ele avalia que a gripe das aves certamente terá efeitos nos dados de abate do primeiro trimestre do ano.
A febre aftosa também permanece como preocupação. "A sanidade é uma questão estratégica para o setor, a gripe aviária reforça a necessidade de medidas preventivas e a febre aftosa exige atenção constante", disse.
Bolliger lembra que as vendas externas têm impulsionado fortemente o setor, o que torna mais grave a questão da sanidade Em 2005, foram registrados importantes incrementos nas exportações de bovinos (17%), suínos (23%) e aves (13,9%).
Segundo ele, a perspectiva de conquista do mercado externo levou os produtores brasileiros a ganhar produtividade, com maior profissionalização do setor. Ele destacou também o crescimento do mercado interno, já que a recuperação da renda, segundo Bolliger, está elevando o consumo de proteínas no País.
A pesquisa de abate do IBGE mostrou também que a captação de leite em 2005 subiu 11,9% no ano passado ante 2004 e os principais Estados na atividade foram Minas Gerais, São Paulo e Goiás. A produção de ovos de galinha cresceu 5,0% no período.