As exportações de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 8 802 bilhões de janeiro a setembro de 2006, o que representa um crescimento de 5,3% em relação a igual período do ano anterior, segundo números divulgados nesta quinta-feira (5) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). De acordo com o presidente da entidade, Rogelio Golfarb, a cifra é a maior já registrada pela indústria.
O executivo destacou que apesar do crescimento das vendas externas em valores, o volume em unidades continua caindo. "As empresas estão elevando seus preços para cobrir os custos e a resposta do mercado tem sido a redução do volume", disse. O presidente da Anfavea reiterou a previsão de crescimento de 2,7% para as exportações do setor em 2006, em valores. Segundo informações da entidade, atualmente 33% da capacidade instalada da indústria automotiva do Brasil é dedicada à exportação.
Apesar do câmbio desfavorável no Brasil, o que coloca a Argentina em vantagem em relação ao País, Golfarb ressaltou que é preciso fazer uma análise das vantagens de ambos os países para o médio e longo prazo. Segundo ele, o que tem influenciado atualmente o pensamento do empresariado tem sido as altas taxas de crescimento do PIB na Argentina, além do câmbio positivo. "Há outros competidores mais dramáticos para o Brasil, como a China e a Índia", avaliou. Na opinião do executivo, o Mercosul precisa estar aliado para enfrentar esses novos concorrentes.
Segundo os últimos dados da Anfavea, referentes ao acumulado de janeiro a agosto de 2006, a Argentina é o principal mercado das exportações brasileiras. Nos primeiros oito meses do ano, o País vendeu para o vizinho US$ 2,988 bilhões, com crescimento de 29 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Os Estados Unidos e a União Européia aparecem em segundo e terceiro lugares, com US$ 2,426 bilhões e US$ 1,924 bilhão, respectivamente.