Exportação de frango deve cair após oito anos seguidos de crescimento

São Paulo – As exportações de frango deste ano deverão diminuir pela primeira vez desde 1997, segundo estimativa divulgada nesta segunda-feira (13), pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef). As maiores quedas de vendas foram para os mercados da Europa e da Ásia, pela retração do consumo provocada pelos casos da gripe aviária, e no Oriente Médio.

A previsão para este ano é de que o Brasil exporte cerca de 2,63 milhões de toneladas de frango, 7,6% a menos que em 2005. O faturamento das empresas do setor também deve cair, chegando a US$ 3,086 bilhões, 12,1% menos.

As exportações, até outubro, totalizaram US$ 2,57 bilhões, 10,2% a menos que no mesmo período do ano passado. Apesar dos produtores brasileiros terem exportado US$ 310,4 milhões em outubro, 23,43% a mais do que em setembro, os resultados até dezembro não compensarão as quedas e oscilações registradas ao longo do ano.

Em comparação ao mês de outubro de 2005, houve redução de 1,61% no faturamento dos exportadores. De acordo com a Abef, o preço médio do frango nacional tem caído nos últimos sete meses, o que gerou queda mais acentuada no faturamento do que no volume exportado.

?O desempenho de 2006 reflete o impacto da retração de importantes mercados consumidores da Europa e da Ásia, no início do ano, quando foram verificados focos de gripe aviária em países desses dois continentes. O setor também enfrentou uma conjuntura desfavorável no câmbio, o que levou a uma queda da rentabilidade de nossas exportações?, diz a Abef em comunicado à imprensa.

De janeiro a outubro deste ano, em comparação com os dez primeiros meses do ano passado, o faturamento de exportações caiu 12,4% para a Europa, 11,3% para a Ásia (nosso maior mercado) e 17,5% para o Oriente Médio. As vendas cresceram para a América do Sul (44%) e África (46%).

Sobre as políticas para o setor, a Abef diz que "a avicultura nacional continua à espera da efetiva implantação do Plano de Prevenção da Gripe Aviária e Newcastle, anunciado pelo governo federal em abril. Até agora não foi liberada qualquer parcela dos recursos de R$ 283 milhões previstos na Instrução Normativa do Plano."

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