As exportações brasileiras para os países árabes cresceram 21 77% no primeiro semestre deste ano, para US$ 2,6 bilhões. Até o fim do ano, segundo o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Antônio Sarkis Jr, as vendas brasileiras para aquela região superarão os US$ 6 bilhões e, para o ano que vem, devem atingir a meta da entidade de US$ 7 bilhões. Apesar de estar acima da média das exportações brasileiras para todo o mundo, de 13,46% na mesma base de comparação, a evolução é inferior à verificada em 2005. No ano passado, as exportações brasileiras para o Oriente Médio subiram 28% sobre 2004.
De acordo com Sarkis, a continuidade do crescimento das vendas externas brasileiras para os países árabes mostra que os mercados da região se aproximam progressivamente e se transformam cada vez mais em importante parceiro comercial. Da pauta brasileira para a região, 25% são açúcar; 24%, complexo carne; e os outros 50%, produtos manufaturados e minério de ferro. A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira está focando suas ações no incremento da venda de manufaturados para a região, sobretudo aviões, veículos, automóveis, máquinas agrícolas, equipamento médico e odontológico, calçados, vestuário e cosméticos. No primeiro semestre deste ano, os árabes passaram a ocupar a segunda colocação entre os maiores compradores de aeronaves do Brasil, em razão principalmente de compras feitas pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos.
Puxada por petróleo e químicos, as importações brasileiras de produtos árabes também subiram acima da média das importações totais do País. No primeiro semestre de 2006, o Brasil importou do Oriente Médio US$ 41,35 bilhões, valor 21,55% acima do mesmo período de 2005.