As duas explosões em vagões paulistas no feriado prolongado deram prejuízo de US$ 3 milhões (cerca de R$ 6,4 milhões) para o Estado. De acordo com a polícia, está descartada ligação com o crime organizado e já se trabalha com a hipótese de vandalismo. No prazo de 20 dias, o Instituto de Criminalística (IC) deve divulgar o laudo técnico sobre a explosão que aconteceu no último vagão do trem UB03 na Estação Engenheiro Cardoso da Linha B (Júlio Prestes-Itapevi) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

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O único passageiro, W.C.S., de 16 anos, teve 70% do corpo queimado e fratura exposta na perna direita. Ele foi transferido ontem à noite do Hospital Geral de Itapevi para o Hospital do Servidor Público, onde há um setor especializado em queimaduras. A vítima corre risco de morte. ?Hoje (ontem), ele abriu os olhos?, disse a mãe, a empregada doméstica Helenir Rodrigues Costa.

?Fui ao hospital para tentar tomar o depoimento do rapaz, mas ele não tinha condições, estava inconsciente. As declarações dele e o laudo técnico são fundamentais para o esclarecimento do que aconteceu dentro do vagão?, disse o delegado-assistente de Itapevi, Ednelson de Jesus Martins. Uma equipe do IC realizou ontem a perícia no vagão UI-50/52. Os técnicos vão elaborar um laudo elétrico (defeito mecânico) e químico (agente externo, como uma bomba).

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), onde houve uma explosão no dia 23, e a CPTM reforçaram a vigilância das estações para o feriado de fim de ano. Segundo o chefe do Departamento de Segurança da CPTM, César Dias de Souza, 1.300 agentes fazem a segurança nas seis linhas. Cerca de 20% trabalham nos vagões, uniformizados e à paisana.

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?Depois da explosão, vamos colocar o Grupo de Inteligência, que conta com 20 homens, para trabalhar integralmente no esclarecimento do ocorrido na linha B?, disse Souza. ?Tudo indica que tenha sido uma bomba, num típico caso de vandalismo. Nada que fosse contra a CPTM ou a ação de um grupo criminoso?, completou.