Explosões mataram pelo menos 21 pessoas na região central de Bagdá nesta quarta-feira (16), informaram autoridades locais. No sul do país, homens armados cercaram o gabinete do governador da segunda maior cidade do Iraque, em mais um sinal de turbulência nas áreas xiitas do país.
A explosão de uma bomba na região central de Bagdá deixou pelo menos oito mortos e 28 feridos, informou a polícia local. Mais tarde, dois carros-bomba explodiram quase simultaneamente em outro bairro da região central de Bagdá, deixando 13 pessoas mortas e 55 feridas, disse o tenente Ali Mutaab.
As explosões em Bagdá expõem os desafios que se impõem às forças de segurança americanas e iraquianas em um momento no qual elas tentam conter uma onda de violência sectária entre árabes xiitas e sunitas que agrava-se desde 22 de fevereiro, quando um atentado contra um santuário xiita em Samarra desencadeou uma onda de retaliações.
Em Mossul, 360 quilômetros a noroeste de Bagdá, confrontos entre policiais e homens armados provocaram a morte de pelo menos cinco pessoas. Seis pessoas foram feridas, disse o tenente coronel Abdul-Karim Ahmed Khalaf. Os choques ocorrem um dia depois de um atentado suicida ter provocado a morte de nove pessoas na cidade.
Em Basra, a segunda maior cidade do Iraque, soldados britânicos intervieram para dispersar dezenas de homens armados que cercaram o gabinete do governador da cidade sulista, aparentemente para vingar a morte de um líder tribal ocorrida ontem. Antes da dispersão, porém, houve confrontos entre os membros da tribo Bani Assad e a polícia local. Pelo menos um policial morreu e quatro ficaram feridos. Sete participantes do cerco foram detidos.
Mais três pessoas morreram em uma emboscada contra uma patrulha iraquiana em Hila, 95 quilômetros ao sul de Bagdá. Em Kut, 160 quilômetros a sudeste da capital iraquiana, três corpos foram encontrados boiando nas águas do Rio Tigre.
