A explosão de um carro-bomba nas proximidades de um parque no centro da cidade de Ramadi, 115 quilômetros a oeste de Bagdá, provocou a morte de pelo menos 18 garotos nesta terça-feira (27), informou a polícia local. O ataque ocorreu perto de uma área bastante usada por jovens para a prática de futebol. Todas as vítimas eram garotos com idade entre dez e 15 anos, disseram policiais.
No último sábado, mais de 50 pessoas morreram diante de uma mesquita situada numa aldeia próxima de Ramadi onde o imã local havia criticado o grupo extremista Al-Qaeda no Iraque, o que indicaria uma tendência de sangrentos ataques promovidos para silenciar oponentes. A explosão do carro-bomba ocorreu quando os meninos jogavam futebol, prosseguiu a polícia. A televisão estatal noticiou o número de mortos sem mostrar imagens do ataque.
O Ministério de Interior do Iraque ainda não havia se pronunciado sobre o ataque. Fuzileiros navais dos Estados Unidos estão estacionados em Ramadi, capital de Anbar, província onde há efervescente atividade de insurgentes sunitas. Não estava claro se os jovens eram o alvo pretendido do ataque, mas crianças e adolescentes figuram com freqüência entre as vítimas do derramamento de sangue no Iraque.
No domingo, mais de 40 pessoas – estudantes universitários em suas maioria – morreram numa explosão ocorrida em frente a uma faculdade xiita em Bagdá. Em julho de 2005, um ataque suicida matou 27 pessoas em Bagdá, inclusive 18 crianças. O incidente levou os iraquianos a respeitaram um minutos de silêncio em todo o país. Agora, porém, a violência no Iraque está tão freqüente e banalizada que a morte dos 18 garotos hoje pode passar sem nenhuma menção especial. Em Bagdá, episódios de violência resultaram na morte de pelo menos dez pessoas hoje.
