Moradores de um loteamento de Ibiporã, a 400 quilômetros de Curitiba, no norte do Paraná, levaram um susto por volta das 18 horas de terça-feira (14). Ouviram um barulho forte e começou a "chover" pedras, algumas com mais de 20 quilos, sobre as casas. Telhados e paredes foram perfurados, calçadas foram quebradas e armários destruídos. "Por milagre não aconteceu algo de mais grave", disse o delegado Marcos Belinati.
A "chuva" foi provocada pela explosão de uma rocha para a construção de uma rede de esgoto. No alto de um morro foram colocadas dinamites e as pedras voaram cerca de 500 metros, atingindo as casas e pelo menos um carro, que teve o vidro traseiro quebrado. Hoje algumas pessoas foram registrar os prejuízos na delegacia.
Apesar de não haver feridos, o delegado instaurou inquérito, baseado no artigo 251 do Código Penal, que prevê colocar em risco a integridade física ou o patrimônio das pessoas com o uso de explosivo.
De acordo com Belinati, pela manhã um engenheiro da Sidroneo Engenharia Ltda., de Londrina, responsável pelo trabalho de explosão, esteve na delegacia para o primeiro depoimento. O engenheiro disse que não teria sido identificado um bolsão de água sob a rocha, o que teria potencializado a explosão. "Segundo ele, se não existisse esse bolsão, a explosão estaria dentro do planejado", contou o delegado.
O engenheiro garantiu ter toda a documentação do Exército referente à compra e uso da dinamite. Belinati aguardava hoje à tarde os documentos. Amanhã (16)especialistas do Instituto de Criminalística devem fazer uma perícia mais profunda. Por enquanto foram feitas apenas fotografias. Segundo o delegado, pelo menos seis casas tiveram problemas mais graves.
