A esperança de vida tanto para a mulher como para o homem brasileiro ao nascer em 2003 subiu para 71,3 anos, um aumento de 0,8% em relação a 2000. Mas, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este crescimento poderia ter sido superior em dois ou três anos se não fosse o efeito das mortes prematuras de jovens por violência. A Tábua Completa de Mortalidade da população brasileira estimada para 2003 mostra que, a partir de meados dos anos 80, as mortes associadas à violência passaram a ter um papel de destaque. No ranking da Organização das Nações Unidas, entre 192 países, o Brasil ocupa a 86ª posição com vida média mais longa. O Japão é o primeiro colocado, com uma vida média superior a 81 anos.

continua após a publicidade

Ainda conforme a pesquisa, a taxa de mortalidade infantil no ano passado caiu 8,6% em relação a 2000, sendo estimada em quase 28 óbitos de crianças menores de um ano por cada mil nascidos vivos. A redução da mortalidade infantil é atribuída às diversas políticas de saúde pública implantadas no país. "Primeiramente, a partir do final da década de 40, com o advento dos antibióticos no combate às enfermidades infecto-contagiosas. Mais recentemente, diversas ações foram introduzidas com o propósito de reduzir a mortalidade infantil no Brasil: campanhas de vacinação em massa, atenção ao pré-natal, aleitamento materno, agentes comunitários de saúde, entre outras", diz o comunicado divulgado pelo IBGE.

Desde 1999, a Tábua da Mortalidade é utilizada pelo Ministério da Previdência Social para determinar o chamado fator previdenciário para o cálculo das aposentadorias das pessoas regidas pelo Regime Geral de Previdência Social.

continua após a publicidade