O reajuste nos preços do combustível, dado como certo pelo mercado, está gerando tensão entre as distribuidoras e os donos de postos. O diretor de concorrência do Sindicom – Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes, Alísio Vaz, declarou hoje que postos de todo País estariam estocando combustível. Segundo ele, o mercado sabe que vai haver reajuste e, por isso, os proprietários de postos estariam ?segurando? gasolina.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência Do Estado do Paraná (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese, diz que os postos têm de estar prontos para um eventual aumento, mas nega que haveria uma corrida as distribuidoras. ?É claro que há uma preocupação natural, como em todo ramo de comércio. Se os clientes passarem a nos procurar com medo de aumento, teremos de ter uma determinada quantia extra de combustível para atender essa demanda?.
Os dois concordam, no entanto, que o aumento é eminente. ?Apesar de não haver um motivo para isso nesse momento?, explica Vaz.
Para Fregonese, o valor do combustível em relação ao mercado externo está defasado. Historicamente o litro da gasolina sai por US$ 0,60 a US$ 0,70. Além disso, segundo o dirigente do sindicato, o álcool anidro, que entra na composição da gasolina, subiu de preço nos últimos meses. ?Acho que até o dia 10 deveremos ter um reajuste para equilibrar esses fatores. O problema são os aumentos constantes que confundem e irritam o consumidor?.