O presidente Luiz Inácio Lula da silva atribuiu o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), revisado esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), à política do governo de transferência de rendas. "O crescimento da economia, mesmo sem estar acompanhado do crescimento de investimento, se deve à extraordinária colocação de dinheiro nos programas sociais", afirmou ele no discurso de posse de três novos ministros, hoje, no Palácio do Planalto.
Lula classificou de muito importante o atual momento não só por causa das mudanças no PIB e na economia brasileira. Ele fez questão de citar dois dados divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese): 96% dos acordos salariais feitos no Brasil em 2006 conseguiram a reposição da inflação acumulada até a data-base e 86% dos reajustes tiveram ganhos reais.
E prosseguiu: "É uma grande novidade na política nacional, porque durante 20 anos da minha vida participei dos mais importantes movimentos no Brasil. Fiz parte dos sindicalismo que fez as greves mais importantes dos anos 1970 e 1980 e muitas vezes, quando se recebia reajuste próximo da inflação, já era um ganho. O governo da época não permitia sequer que um ministro do Trabalho se reunisse com os trabalhadores.
Lula ainda lembrou da campanha pela reeleição no ano passado. Disse ter sofrido um "massacre".