Curitiba (AE) – O comandante da 5ª Região Militar, em Curitiba, general Túlio Cherem, rebateu hoje os comentários de que trotes como os vistos em filme apresentado pelo "Fantástico", em que recém-formados terceiro sargentos são submetidos a supostas sessões de tortura, sejam tradição dentro dos quartéis. "Não concordo em hipótese alguma com essa afirmação", ressaltou. "O Exército brasileiro prima pelo respeito humano, pela formação do cidadão e a contribuição à sociedade."

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Ele garantiu, após receber a visita de representantes regionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que as investigações sobre os atos mostrados na televisão serão feitas com a "maior transparência possível". Para isso, o Inquérito Policial Militar (IPM) está sendo acompanhada pelo Ministério Público. "Desvios de conduta, desvios de comportamento serão apurados", acentuou. "Os responsáveis serão punidos, respondendo por seus atos."

De acordo com o presidente da OAB no Paraná, Manoel Antonio de Oliveira Franco, que se reuniu com o general, a instituição irá acompanhar o processo informalmente e se manifestará no final. "Nós confiamos na instituição Exército", disse. Segundo Franco, não cabe à OAB participar do inquérito, mas há uma preocupação de que exista o "devido processo legal". "O inquérito já existe, o Ministério Público está atuando, as vítimas já estão sendo assistidas por seus advogados, já foi coibido este tipo de procedimento, já foram afastados os responsáveis. Então acho que o processo está em ordem e cumpre à OAB acompanhar o processo informalmente", afirmou.

As 12 pessoas que aparecem nas imagens, tanto as que supostamente estariam praticando torturas quanto as que as sofrem, estão respondendo ao IPM. Os depoimentos são tomados a portas fechadas e o Exército somente se pronunciará sobre eles após o encerramento. De acordo com os advogados dos sargentos, todos estão reforçando o posicionamento de que tudo não passou de uma brincadeira.

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