Exército não vai atuar no Rio como no Haiti, diz Cabral

As Forças Armadas não repetirão no Rio de Janeiro sua ação policial no Haiti, onde têm participado diretamente no combate a criminosos. O governador fluminense, Sérgio Cabral Filho (PMDB), contou que, em sua primeira reunião com os chefes militares para discutir a cooperação no combate ao crime, lembrou a atuação bem-sucedida dos brasileiros no país caribenho e perguntou se não poderiam repeti-la no Brasil. "Eles disseram que não seria possível, porque são situações muito diferentes", disse o governador.

Na segunda-feira, o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Correia, expôs ao ministro da Defesa, Waldir Pires o pedido do Rio e o que será feito pelas Forças Armadas: patrulhamento em entroncamentos das estradas de acesso ao Rio de Janeiro. Amanhã, Correia fará exposição semelhante aos comandantes das três Forças. Espera-se que, depois, as operações comecem.

O mais provável é que a ajuda militar, que já tem a concordância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dure um ano e envolva mil militares, que terão poder de polícia onde atuarem, mas encaminharão os presos às delegacias. Além das diferenças entre o trabalho policial e o militar, as Forças Armadas temem as conseqüências legais de seu envolvimento direto no combate ao crime.

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