Ao longo de 2006, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) tem planos de aplicar R$ 553 milhões, dos quais R$ 100 milhões originários da sobra não gasta no ano passado. As áreas definidas como prioritárias para os investimentos são a distribuição e o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados aos consumidores.
Nesse particular, a Copel deverá efetuar gastos de R$ 317 milhões, reservando R$ 180 milhões para a área de transmissão, R$ 35 milhões para telecomunicações e o restante para geração e outros serviços. As informações foram dadas recentemente por Rubens Ghilardi, presidente da empresa estadual.
A capacidade instalada de produção da empresa, mediante suas 18 usinas geradoras, é de 4.550 megawatts (MW). A performance garante com folga o abastecimento da população paranaense, confirmando a Copel como exemplo de eficiência no sistema elétrico nacional.
Ghilardi lembrou que a configuração atual do sistema age como fator limitante dos investimentos em geração, tendo em vista que os mesmos ficaram muito dependentes do retorno financeiro. Mesmo assim, neste ano a Copel deverá iniciar a construção de novas usinas em parceria com a Eletrosul.
Conforme revelou o presidente, uma das metas da Copel para 2006 era a compra de uma concessão no último leilão de energia nova – a Hidrelétrica Mauá, no Rio Tibagi -, mas acabou desistindo do negócio. A capacidade instalada da unidade está prevista para 380 MW, conquanto o projeto tenha de ser refeito face aos prejuízos ambientais que causaria.
O dever de casa para Ghilardi será a conclusão da disputa judicial entre a Copel e a multinacional norte-americana El Paso no que tange à UEG Araucária, usina térmica cuja construção demandou US$ 300 milhões e, mesmo inaugurada em setembro de 2002, até agora não funcionou por causa de problemas técnicos. A El Paso detém 60% do empreendimento, e os demais 40% são divididos em partes iguais entre Copel e Petrobras.
Autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a promover um reajuste de 7,8% nas contas de luz, a Copel oferece um desconto médio de 7% aos consumidores que pagam seu consumo no dia do vencimento. Segundo Ghilardi, a decisão do governador Roberto Requião é manter o desconto e somente autorizar reajustes em partes para evitar impactos sobre o orçamento dos consumidores.
