Os executivos brasileiros são os mais bem remunerados da América Latina, conforme os resultados das Pesquisas de Remuneração Total, realizadas pela consultoria Watson Wyatt. O levantamento (com valores em dólar) envolveu cerca de 600 empresas nacionais e estrangeiras, presentes em 18 países da região.
As pesquisas apontaram que, apesar de 50% das companhias já terem centralizado suas políticas de remuneração e benefícios, a disparidade salarial ainda é predominante na região. Somando-se o salário fixo, a parte variável e benefícios, o Brasil chega a pagar o dobro para seus executivos em relação à Argentina, 64% a mais que a Venezuela e 24% acima do México. Até o ano passado, o mercado mexicano era tido como o melhor pagador da América Latina. O mercado da Costa Rica é o segundo melhor pagador.
Quanto a reajustes, a previsão é de que haja, em 2006, um aumento real (em relação aos indicadores oficiais de inflação) nos principais mercados. O maior índice deverá ocorrer na Venezuela (4,5%), seguida por Brasil (3,3%), Colômbia (2,5%), Chile (1,8%), México (1,5%) e Costa Rica (1,2%).
Outro dado coletado foi a remuneração variável, adotada pela grande maioria das empresas. Nesse contexto, o pagamento por meio de bônus é mais representativo na Argentina, chegando a níveis equivalentes a 4,8 salários ao ano. No Brasil esse número é de 4,2 salários. Práticas comuns entre os países têm sido adotadas em relação a benefícios, como plano médico, seguro de vida e automóvel. A única discrepância diz respeito aos planos de previdência privada, que têm maior incidência nos pacotes de remuneração dos executivos brasileiros (84%) e, menor, nos dos costa-riquenhos (21%).
