Executivo prevê solução negociada para fornecimento de gás boliviano

Rio de Janeiro – O diretor-superintendente da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), Ricardo Salomão, afirmou nesta quinta-feira (5) que acredita em uma "solução negociada no médio prazo" para a situação gerada a partir do decreto de nacionalização de reservas e ativos das empresas de petróleo que atuam naquele país.

Para o executivo, assim como o Brasil depende hoje do gás boliviano, a Bolívia depende economicamente dos recursos provenientes desta venda.

Ele informou, no entanto, que "não há nada previsto no que se refere à expansão da capacidade de transporte do duto". E que serão mantidos os programas de "confiabilidade e de integridade do duto". Segundo Salomão, os investimentos nesses programas deverão somar US$ 65 milhões até 2007 e deste total, US$ 27 milhões serão empregados ainda neste ano, "para a compra de mais máquinas e o treinamento de pessoal, de maneira a garantir o transporte dos 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia demandados pela Petrobras".

A Bolívia, afirmou, "não está conseguindo enviar esse volume, porque existem problemas passageiros na estação de compressão de Rio Grande, mas quando isso for resolvido, a vazão voltará". Ele informou que o atual volume transportado, de 27 milhões de metros cúbico, é suficiente para atender ao consumo.

Mas admitiu que impede a ampliação, pela indústria, da inserção do gás natural na matriz energética do país: "O que acontece é que não há disponibilidade de oferta adicional e isso vem impedindo um desenvolvimento maior do mercado. O consumidor de uma maneira geral ? seja o industrial, o automotivo ou as companhias distribuidoras ? poderia estar comprando mais gás, desde que ele tivesse a certeza da disponibilidade do produto?.

A previsão de Ricardo Salomão é de um período critico para os próximos anos, "principalmente a partir de 2008, porque parece que os reservatórios devem diminuir um pouco. De qualquer forma, em 2010 nós contaremos com a entrada da produção nacional de maneira mais forte e há, ainda, a maturação dos projetos de gás natural liquefeito?.

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