O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), respondeu com um "é evidente", sobre se os integrantes da executiva nacional do partido discutiram a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal, além do comando da legenda, participaram da reunião de hoje, de quase três horas, todos os nomes costumeiramente citados como potenciais candidatos dos tucanos a presidente: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin e de Minas Gerais, Aécio Neves, além de Serra.
"O PSDB tem um grande número de possíveis candidatos, o que é uma coisa boa. Temos vários nomes à altura da responsabilidade do cargo", resumiu o prefeito de São Paulo, sem citar a quem se referia.
Já Neves afirmou que não é esse o momento de pôr o nome à disposição do partido para disputar a eleição presidencial. "Sou governador de Minas Gerais, aonde estamos fazendo um laboratório de gestão pública." Neves mencionou a redução do déficit fiscal do governo de Minas Gerais, que zerou as contas em 2004, após um rombo de R$ 2,4 bilhões em 2003, e projeta um superávit fiscal neste ano.
"Meu papel hoje é demonstrar que a gestão pública pode ser eficiente. Gostaria que o governo federal se inspirasse nesse exemplo", disse, pregando "a racionalidade nos gastos públicos" que permitam à administração federal fazer investimentos.
Ainda sobre 2006, o governador de Minas Gerais disse que a disputa eleitoral não será sobre um candidato com "propostas messiânicas" e um que representava uma gestão com falhas e acertos, numa referência ao embate entre Lula e Serra em 2002. Na próxima eleição presidencial, Neves acredita que o eleitorado escolherá o candidato que "tem a melhor capacidade gerencial".