A Executiva Nacional do Partidos dos Trabalhadores formalizou, em reunião na sede da legenda em São Paulo, a formação de coligação com o PCdoB e o PRB para a campanha pela reeleição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT), que salientou que o encontro da Executiva teve apenas caráter formal para ratificar a decisão da Convenção Nacional da sigla, no sábado.
Segundo Berzoini, o PSB será o único partido aliado próximo do PT a não participar da coligação, por conta da obrigatoriedade da verticalização das alianças e da cláusula de barreira – exigência de que uma legenda obtenha pelo menos 5% dos votos em nove Estados para continuar a existir depois da eleição.
De acordo com Berzoini, a campanha nacional pela manutenção da Presidência da República contará com uma tesouraria própria e independente do PT. Ela gerenciará as finanças da coligação, mas não repassará dinheiro aos partidos aliados. "A campanha nacional poderá interagir com os outros partidos para a realização da campanha, mas não com o uso de recursos financeiros", adiantou, indicando que os partidos da coligação poderão receber materiais eleitorais.
Além disso, Berzoini reiterou que não haverá "mistura" dos recursos obtidos nas arrecadações estaduais com a campanha nacional. Segundo ele, o PT ainda definirá os "critérios para relacionamento da campanha nacional com a opinião pública" e por quais meios o partido poderá informar sobre arrecadações e gastos da campanha.
O presidente do PT acredita que a campanha eleitoral deste ano será menos dispendiosa para os partidos, uma vez que está proibida a realização de showmícios, distribuição de brindes e publicação de outdoors. "Será uma campanha mais politizada, com mais propostas e menos pirotecnia", opinou.