A Executiva Nacional do PMDB se reúne, nesta quinta-feira, às 15h, no gabinete da presidência do partido na Câmara dos Deputados, para discutir o calendário para lançamento da candidatura própria à Presidência da República, na eleição do ano que vem. O encontro deve estabelecer um prazo limite para inscrições de pré-candidaturas e a data de realização de prévias.
"Pelas conversas que mantive com governadores, senadores e deputados, o calendário deverá estabelecer o prazo de inscrições até 1º de fevereiro (do ano que vem) e a realização das prévias por volta de 5 de março", adiantou à Agência Estado o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP).
O encontro também vai discutir a fixação dos critérios dos "eleitores" para as prévias. Em princípio, cogita-se o direito de voto aos peemedebistas com mandato: vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e governadores. "Esse conjunto representa cerca de 14 mil filiados algo muito expressivo", avaliou Temer.
Entre os prováveis pré-candidatos do partido para a eleição presidencial figuram o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim, os governadores Germano Rigotto (RS) e Roberto Requião (PR), e o secretário de Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho.
Temer admitiu que o encontro também deverá tratar do afastamento definitivo do PMDB da base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Notamos que tem aumentado a base de parlamentares do PMDB que deixou a ala governista para se fortalecer o grupo independente. Parece claro ser o momento de os membros do partido que ocupam cargos no governo deixarem os postos", opinou Temer.
"Se não quiserem seguir a decisão do Encontro Nacional de dezembro do ano passado, de que o partido deve se manter independente e de entrega dos cargos, podemos abrir discussões para o envio dessas pessoas à Comissão de Ética do Partido, pedindo suspensão ou até desfiliação", acrescentou o presidente da legenda.
