A morte de centenas de peixes no início da semana no Rio Capibaribe, que corta o centro do Recife, pode ter sido provocado por fragmentos de um material à base de ferro, conhecido como granalha. O produto estava sendo usado há um mês na restauração da Ponte Velha sobre o Capibaribe, em obra contratada pela prefeitura do Recife. Exames de laboratório coordenados pela bióloga Liana Barroso, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, mostraram que a morte dos animais ocorreu por asfixia.

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"Foram encontrados pequenos fragmentos da substância nas brânquias dos peixes". O resultado parcial do laudo pericial foi divulgado pelo presidente em exercício da Companhia Pernambucana de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), Geraldo Miranda. Miranda disse que determinou a paralisação imediata da obra por medida de precaução, até que sejam concluídas todas as análises laboratoriais. Novos testes da água e de solo devem ser concluídos nos próximos oito dias.

A maior parte dos peixes mortos era da espécie bagre, que vive no fundo dos rios. Logo após o acidente equipes da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) retiraram do Capibaribe 600 quilos de peixes mortos. O presidente da Emlurb, Amaro João, explicou que o material, que segundo ele não é tóxico, estava sendo usado por uma empresa contratada, conforme as normas de segurança e proteção ambiental.

Amaro João disse que o local da obra foi coberto por lonas e tapumes, de modo a evitar que o material caísse na água ou fosse dissipado pelo vento. As obras da ponte, iniciadas em 11 de setembro e suspensas há uma semana, têm custo estimado de R$ 2 milhões.

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