Exames mostram que galo não tinha gripe aviária em São Paulo

Brasília (AE) – Exames feitos pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Campinas(SP) descartaram a possibilidade de contaminação por gripe aviária de um galo criado numa chácara da região de Marília, interior de São Paulo. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, em Brasília, que recebeu o resultado hoje pela manhã.

"Tenho uma boa notícia. No caso de Marília, não é gripe aviária nem moderada nem grave", afirmou. "Os exames deram negativo para essa doença." A ave, que morreu na terça-feira (1º) em uma chácara de Marília, apresentava sintomas de doença respiratória.

Exames que ficam prontos nos próximos dias vão dizer qual a doença respiratória que matou o galo, salmonelose ou pasteurelose. Os sintomas dessas doenças são parecidos, mas a influenza aviária geralmente é encontrada em plantéis inteiros e não isoladamente.

A hipótese de gripe aviária nesse caso era remota, sustenta o ministro. "As rotas de aves migratórias não passam por Marília", argumentou. O ministério monitora as aves, conhece locais de pouso, tipos de ave e possíveis riscos.

"Temos uma posição privilegiada, pois as aves migratórias que viriam para o Brasil só podem vir da América do Norte. Como os norte-americanos têm um sistema de proteção muito rigoroso, dificilmente corremos o risco de a gripe aviária chegar por essa rota", afirmou o ministro.

Comoção – Rodrigues reafirmou que a gripe aviária é uma preocupação mundial e lembrou que os americanos gastam bilhões de dólares em barreiras contra a doença. "Esse é um problema que está sendo muito discutido e que acaba gerando comoção nas pessoas. O importante é que o exame descartou a gripe no Brasil" completou.

A negativa do exame para a influenza aviária tranqüilizou a iniciativa privada, que temia que os rumores a respeito de um possível foco de gripe no Brasil prejudicassem as exportações de frango. Em outubro as exportações de frango responderam por 65% dos embarques de carnes. Foram embarcadas 250,4 mil toneladas no mês, número 1% maior que o de setembro e 14,2% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do governo.

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