Os resultados de análises dos bovinos de quatro propriedades da região de São José do Rio Preto, noroeste do Estado de São Paulo apresentaram resultado sorológico positivo para a febre aftosa. Os exames foram realizados pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) do Rio Grande do Sul. A Secretaria da Agricultura de São Paulo divulgou nota hoje informando que o resultado não é conclusivo, pois os animais tinham sido vacinados.
Técnicos da Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal farão nova colheita de amostras para exames no mesmo laboratório. Se houver reagentes à segunda prova, serão colhidas amostras de muco dos animais para realização de um tipo de teste mais conclusivo.
Segundo a Secretaria, os bovinos sob suspeita representam menos de 10% dos animais examinados e estão interditados, com proibição de trânsito. Também não podem ser vacinados até a conclusão dos exames laboratoriais. O levantamento sorológico foi feito em maio e atingiu propriedades consideradas de risco, por terem recebido gado de áreas onde surgiram focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná, no segundo semestre do ano passado.
Pecuaristas da região criticaram o fato de a coleta de amostras ter sido feita no período de campanha de vacinação, que na região ocorre entre maio e junho. O atraso aumentou o risco de a vacina influenciar o resultado.
Uma reunião, no dia 12, no Escritório de Defesa Agropecuária de Bauru, com membros do Grupo Especial de Atendimento a Suspeita de Enfermidades (Gease), definirá medidas sanitárias a serem adotadas. Segundo a Secretaria, o Estado, maior exportador brasileiro de carne bovina, não registra focos de febre aftosa há mais de 10 anos. Os exames sorológicos são necessários para a manutenção da condição de estado livre de febre aftosa com vacinação. Este ano, foram colhidas amostras de 9.177 bovinos em 417 propriedades.