Apesar da intensa discórdia sobre suspeitas de armas nucleares e terrorismo, a administração de Bush decidiu hoje permitir que o ex-presidente iraniano, Mohammad Khatami visite os EUA. Um visto foi concedido a Khatami e a vários iranianos que o acompanharão na visita aos EUA, segundo o porta-voz do Departamento de Estado Tom Casey.
Não haverá restrições em sua viagem. Khatami planeja comparecer a uma conferência da ONU e também deve fazer um discurso na Catedral Nacional de Washington. Não estão marcados encontros antecipados com funcionários do governo, segundo Casey. O ex-presidente será o mais alto funcionário iraniano a visitar Washington desde que os fundamentalistas islâmicos tomaram a embaixada americana em Teerã em 1979 e mantiveram reféns americanos por 444 dias.
A embaixada iraniana em Washington fechou em abril de 1980 e não houve mais relações formais entre os dois países desde então. Um crescente número de diplomatas americanos e membros do Congresso têm pedido à administração que converse com o Irã sobre seus desentendimentos.
Atualmente a administração de Bush trava uma luta ferrenha com o Irã para que Teerã interrompa o enriquecimento de urânio, como demanda resolução do Conselho de Segurança. O porta-voz americano reafirmou a intenção dos EUA de impor sanções ao Irã se o pais não cumprir com o prazo desta quinta-feira. O governo americano também continua a afirmar que o Irã é um patrocinador do terrorismo.
