O ex-presidente Fernando Collor de Mello registrou no final da tarde desta quarta-feira (30) sua candidatura ao Senado pelo PRTB, mas ainda não falou com a imprensa. A informação foi confirmada pelo presidente do partido em Alagoas, o advogado Eraldo Firmino, que abriu mão da sua candidatura ao Senado para ceder a vaga ao ex-presidente. Segundo Firmino, desde o início do ano o ex-presidente vinha recebendo convites de lideranças de vários partidos para se candidatar ao Senado ou ao governo do Estado.

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"O ex-presidente demorou para se decidir porque tinha alguns projetos pessoais para concluir", afirmou Firmino, acrescentando que Collor tinha pedido um tempo ao partido para se definir. "Ele não tinha dito nem que seria candidato, nem que não seria. Isto alimentou a esperança de todos os que o apóiam na expectativa da candidatura, que desta vez é para valer", destacou Firmino. Segundo ele, o registro da candidatura de Collor foi feito às 17h40 no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL).

Como primeiro suplente foi registrado o nome do empresário Euclides Mello, primo de Collor e ex-deputado federal por São Paulo na década de 90. A segunda suplente é a religiosa Ada Mello, também prima de Collor, indiciada no desvio de recursos da extinta Legião Brasileira de Assistência (LBA). Na época do escândalo, a presidente da LBA era Rosane Collor, ex-esposa de Fernando Collor.

Para o presidente do PRTB de Alagoas, Eraldo Firmino, o fator tempo é o principal obstáculo que o candidato do partido vai enfrentar para conquistar os votos dos eleitores alagoanos. "Temos que nos virar em um mês de campanha para percorrer todo o Estado e apresentar o nosso candidato à população. É como se estivéssemos naquele quadro do programa do Faustão, na TV Globo, o ‘Se vira nos 30’", afirmou. Ele acrescentou que, apesar da brincadeira, acredita no êxito da candidatura de Collor ao Senado.

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"Ele foi injustiçado e toda Alagoas sabe disso, por isso tem tudo para conquistar o mandato que foi do pai dele, o saudoso senador Arnon de Mello", completou Firmino, referindo-se ao pai de Collor, que também governou Alagoas no final dos anos 50. Como senador Arnon ganhou notoriedade nacional quando matou com um tiro acidental um senador do Acre, no plenário do Senado. O alvo do tiro era seu inimigo político, o senador alagoano Silvestre Péricles, que saiu ileso do atentado.