Brasília – No depoimento que presta à CPI dos Bingos, o economista Paulo de Tarso Venceslau desafiou o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), a comparecer à sessão para que possam tratar de declarações que, segundo o senador petista Tião Viana (AC), teriam sido feitas por Mercadante. Viana disse ter ouvido Mercadante afirmar que Paulo de Tarso denunciava um esquema de caixa 2 no PT "porque queria acabar com o Lula, porque tinha ódio de Lula". O economistas refutou a afirmação: "É uma pena que o Mercadante não esteja aqui porque eu iria me confrontar com ele olho no olho sobre o que realmente ocorreu".

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Venceslau disse que, quando foi demitido da Prefeitura de São José dos Campos, por não endossar proposta patrocinada pela empresa de Roberto Teixeira, Mercadante tentou abafar suas denúncias oferecendo a ele outro emprego no partido. "Ele falou com todas as letras, ele foi um dos que intermediaram a oferta para mim, me perguntando: ‘O que vc quer? Quer ser secretário? Quer ir para o governo?’ Não teve insinuação não, ele foi direto. È a minha palavra contra a dele", afirmou Venceslau.

Mercadante estava no Senado pela manhã, mas não passou pela sala da CPI. Além do senador Tião Viana, o depoimento de Venceslau está sendo acompanhado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Os também petistas Flávio Arns (PR) e Ideli Salvatti (SC) presenciaram parte do depoimento, mas já se retiraram.

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