O ano de 2006 vai apresentar resultados positivos na economia com a continuação da queda da inflação e dos juros, aumento da renda dos trabalhadores, do superávit comercial e de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas no país. A avaliação é do ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega.
Segundo o economista, a expectativa só será diferente no caso de uma alteração do quadro atual, tanto no Brasil, quanto no mercado internacional. "Vamos ter um ano muito bom, a menos que ocorra uma mudança trágica, dramática na economia mundial, ou uma mudança para pior no cenário eleitoral brasileiro, que gerem incertezas para quem investe, quem faz negócios e para quem tem emprego", disse o ex-ministro da Fazenda.
Maílson da Nóbrega estimou que a inflação em 2006 poderá inclusive ficar abaixo da meta do governo, de 4,5%. Para o economista, pela primeira vez, em dez anos, os preços administrados (derivados de petróleo, energia elétrica, transportes, podem se comportar abaixo dos preços livres. "A nossa projeção é de IPCA ( Índice de Preços ao Consumidor Amplo) variando em torno de 4,1% ou 4,2%. O centro da meta é 4,5 % e os preços administrados ficariam um pouco abaixo disso em torno de 3,8% ou 4%", completou.