Ex-ministro de Comunicações nega acusação de Vedoin

O deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE) negou, com veemência, a acusação de ter favorecido a máfia dos sanguessugas, com a liberação de recursos para compra de ônibus superfaturados, no período em que foi ministro das Comunicações, até o final do ano passado. A denúncia foi feita pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, pivô do escândalo dos sanguessugas, em entrevista à revista Veja desta semana.

Vedoin disse que o lobista José Airton Cirilo, do PT do Ceará, ajudou a máfia a estender sua influência do Ministério da Saúde, onde ambulâncias superfaturadas eram adquiridas com dinheiro de emendas de parlamentares, para o das Comunicações, sob o comando de Eunício. "Enquanto estive no Ministério, realizei apenas quatro convênios relacionados ao programa de inclusão digital. Os recursos não têm origem em emendas parlamentares e não tiveram relação com o senhor Cirilo", garantiu Eunício.

O ex-ministro se disse surpreso com a acusação porque, conforme garantiu, nunca tratou com Cirilo sobre liberação de recursos da pasta. Ele disse que o petista esteve no seu gabinete para se informar sobre pendências de uma rádio comunitária, cujo responsável, um parente dele, havia morrido. "Se a liberação de recursos para aquisição de ônibus foi levada ao Ministério, ele que aponte o nome de quem o recebeu ou agiu junto a órgãos federais", enfatizou.

Na entrevista, o empresário traz novas revelações sobre a rede de influência montada pela máfia das ambulâncias no governo petista e inclui o nome de um tucano influente, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), candidato ao governo do Mato Grosso, entre os supostos beneficiários do esquema. Vedoin é sócio da Planam, empresa onde foi montada uma central de fraudes para desvio de dinheiro público por meio de emendas parlamentares. Antero também negou a acusação.

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