O ex-jogador de vôlei Lilico morreu no último sábado, aos 30 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (derrame) sofrido no dia 30 de dezembro do ano passado. O anúncio foi feito apenas hoje pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) que fará um minuto de silêncio em homenagem ao jogador na partida de sábado entre Bento Vôlei e Telemig Celular/Minas, em Bento Gonçalves (RS).
Lilico, que atuava como atacante de ponta e oposto, causou polêmica ao ser o primeiro atleta brasileiro de alto rendimento a declarar publicamente que era homossexual. Ele chegou a acusar o então técnico da seleção brasileira, Radamés Lattari, de não tê-lo convocado para disputar os Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, apenas por preconceito.
Na época, Lilico era um dos destaques da Superliga, atuando pelo time de Suzano, e ameaçou até abandonar a carreira. Recuou, no entanto, e foi duas vezes campeão da Superliga, em 2003 na Ulbra e no ano seguinte pelo Banespa. Pela seleção, foi vice-campeão mundial juvenil em 1995, na Malásia. Sua última atuação como profissional foi na Superliga 2004/2005, novamente pela Ulbra.
A pedido da família, os órgãos do ex-jogador foram doados e seu corpo, cremado. "É uma forma de sabermos que estamos ajudando pessoas que precisam", disse o pai de Lilico, Aloísio Francisco da Silva. As cinzas serão espalhadas no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, onde Lilico continuava praticando vôlei.