O ex-general paraguaio Lino César Oviedo manifestou nesta segunda-feira que espera contar com o apoio de seus conterrâneos para ser o próximo presidente constitucional de seu país.   

Oviedo , que reside na casa de um parente em Brasília, falando por telefone, afirmou à Associated Press que diversas organizações da sociedade civil paraguaia manifestaram sua adesão ao candidato à Presidência.    

?Todos nós, paraguaios, temos o dever de assumir responsabilidades para tirar nosso país da crise e melhorar a situação econômica de nossos compatriotas?, indicou.   

Afirmou que, apesar da oposição do atual governo, ?voltarei ao meu país para ser o candidato à Presidência dos paraguaios?.    

O governo de Assunção emitiu uma ordem de detenção contra Oviedo caso ele decida entrar no Paraguai, por ter sido condenado a 10 anos de prisão. 

Oviedo disse que, desde que chegou ao Brasil em junho de 2000, ?respeitei as leis deste país irmão e me abstive de envolvimento na política, apesar das acusações permanentes do atual governo?..    

Acrescentou que havia prometido a seus compatriotas ?voltar pela porta principal ao Paraguai e não às escondidas, porque não tenho nada a ocultar?.         

Reiterou que as acusações que pesam contra ele sobre violações à Constituição ?não procedem porque eu simplesmente fiz o que o povo precisa para sair da crise econômica e social?.  

Oviedo foi acusado de liderar um golpe de Estado em 1996 para derrubar o então presidente Juan Carlos Wasmosy.  

Também foi acusado como mentor do assassinato do vice-presidente Luis María Argaña em março de 1999 – o que tem negado reiteradamente perante a Justiça brasileira, que rejeitou o pedido apresentado pelo Paraguai para extraditá-lo a fim de que o ex-general seja processado.

Oviedo, que foi dado baixa das Forças Armadas de seu país após ser condenado a 10 anos de reclusão, destacou que, enquanto estiver no Brasil, ?respeitarei as leis deste país que me deu abrigo?.  

Acrescentou que sua indicação como candidato à Presidência foi apresentada pelos dirigentes do Partido da União naconal dos Cidadãos Éticos (Unace) ?com o objetivo de lutar contra a corrupção e solucionar a crise econômica?. (AE/A)

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